domingo, abril 23, 2006

o meu carinho a todos vós



tentei comentar um a um,
fui ler-vos, mas não consegui comentar todos, as forças faltaram...
o que escrevem sempre me tocou muito, continuo a ficar emocionada com tanta beleza que encontro em cada cantinho vosso, onde vos sinto, muito perto de mim
lamento não poder ir a cada blog agradecer, pessoalmente, todo o carinho que aqui recebi de cada um, mas as forças são poucas e o “fio” que me prende à vida precisa de se soldar, espero que a outra “voz” seja menos forte que eu, pois quero voltar brevemente

continuo com o meu cheiro a maresia que deixo a cada um, esperando em breve ir a cada um retribuir todo o carinho e força que me têm dado

até lá beijinhos muitos a todos num abraço cheio de carinho

l.maltez

segunda-feira, abril 17, 2006

uma pausa...



Vou tentar afastar-me do blog, digo-o com mágoa, ou mesmo com dor,
há vozes mais altas que se levantam e me fazem pensar se vale a pena continuar,
não vou desiludida, vou porque preciso fazer uma pausa
afastar-me-ei não sei por quanto tempo, penso voltar, pelo menos é esse o meu objectivo, voltar...
voltar a ter forças para o conseguir fazer e acreditar que valeu todo este carinho que lhe dediquei e todo o carinho e admiração que tenho por cada um de vós que me têm lido e acompanhado
a todos quantos me comentaram e comentam, fica o meu eterno agradecimento. vou continuar a ler-vos, não tanto como desejava, vai ser uma "luta" que vou travar para o conseguir. mesmo que não comente, estarei presente no meu silêncio, já não sei passar sem vos ler e sentir-me a beber cada silaba que escrevem

pode ser que as forças voltem, que recupere bem e seja mesmo até um dia...

se assim não for é porque a voz foi mais forte que eu ...

fica para todos o meu cheiro a maresia e o aroma desta rosa especial para mim...



a voz foi dor, na noite diluída
aviso sem palavras, em visões
foi sentida no despertar do corpo
a voz, chegou sem passos gravados

por ser voz chamou-me

e fui...


l.maltez



quarta-feira, abril 12, 2006

ouvi a voz...


abracei a manhã e ouvi a voz
trazia a ternura de um abraço,
o sorriso aberto, de um olhar
numa inesgotável sede de me ver,

fixei-a,na rebentação duma onda
entre os cantares dos pássaros
e a brisa fresca que acaricia,
senti-a misteriosa, na doce penetração
do dia que começava a rasgar

devagar as cores saltaram na manhã
murmurei o teu nome,
como se o quisesse desenhar
ali, naquele azul, onde escuto o silêncio
e onde se abriram portas

parti a solidão, fui contra o tempo
sei que vou ver-te,
estico os braços para além de mim
enquanto escuto no secreto momento,
de descobrir a tua imagem
na mesma luz de uma manhã,

hoje, sei o que é [a]mar...


l.maltez

sexta-feira, abril 07, 2006

a chave ...


A vontade nasceu, num dia de Abril, esperou impaciente as horas surdas. soou por instantes, no cair da tarde, num espaço diminuto, onde nada decorre ou permanece. nenhuma voz em espera. mas a vontade traz consigo a altivez, incisa por si, junto às cordas vocais, na tortura do silêncio.
não quis partir, estava estranha, sussurrava como se quisesse abandonar os estranhos sonhos. deixou-se escorregar como um fantasma itinerante, atravessou caminhos sem imagens, numa sede tormentosa de músicas envolventes.
inventou um tempo e por o ter inventado perdeu o sentido das miragens dos dias e o canto sublime dos pássaros.


a noite essa chegou, viva, cheia de luz, tentou juntar-se à vontade, levantou os braços e acenou firmemente cintilante, nada aconteceu, deixou-se fustigar pelo vento lesante. a cidade espreitou nua e fria, sentiu o cerne da vida que corrói a alma. tentou ouvir o eco surdo do mar, tentou imaginar o sono, procurou a cada passo os gestos sumidos de um corpo sem sabor, insalubre e lânguido onde pudesse fundar-se.
esperou a chuva, delirante de certezas, arrefecida, com sabor atiço. devorou palavras sem saliva, imobilizada no pressentimento afogado da vontade. o tempo não existia já em lugar algum, faltava a coragem para se invadir de uma febril paixão, suportar a ideia do vazio e tentar o regresso.


a coragem espezinhada, desfeita, entre zumbidos, transporta a vontade entre visões e deixa o corpo sequioso preso na chave de amar...


l.maltez

  o teu sorriso no esplendor de uma suave explosão chega a mim o teu sorriso. aflui com emoção e calor, como sonhos mesclados nos en...